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© Paulisson miura Atmosfera (São Paulo, SP, Brasil) São Paulo, SP, Brasil. 26 décembre 2014. Source

Désir et responsabilité au féminin afro-brésilien

Miguel Henriques BAIRRÃOMiguel Henriques BAIRRÃO est philosophe et psychologue, docteur en Philosophie (Unicamp – Brésil) et professeur de psychologie sociale  à l'Université de São Paulo, Brésil. 

José FRANCISCOMariana LEAL DE BARROSMariana LEAL DE BARROS est est post-doctorante en Anthropologie à la Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Université de São Paulo, docteur en Psychologie (FFCLRP – Université de São Paulo – Brésil) et Anthropologie (Université Lumière Lyon 2).

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Résumé

Désir et responsabilité au féminin afro-brésilien

La pombagira est un esprit féminin de l’umbanda (religion afro-brésilienne) associé aux images des féminins subversifs et incorporé généralement par des femmes en transe de possession. Sur la base d’une recherche ethnographique dans l’umbanda de São Paulo et par le biais d’une analyse ethno-psychanalytique, nous étudions comment la pombagira permet au sujet d’élaborer son désir, ce qu’on articule comme expression de sa féminité.

Abstract

Desire and responsibility in Afro-Brasilian feminity

The pombagira is a female spirit associated with images of subversive females that tend to be incorporated by women in a state of possessive trance. Based on ethnographic research on umbanda in São Paulo and through ethnopsychoanalytic analysis, we discuss the idea that the pombagira develops the desire of the subject which may be articulated as an expression of her femininity.

Resumen

Deseo y responsabilidad en lo femenino afro-brasileño

La pombagira es un espíritu femenino de la umbanda (religión afro-brasileña) asociado a imágenes de lo femenino subversivo e incorporado generalmente por mujeres en transe de posesión. Sobre la base de una investigación etnográfica en la umbanda de Sao Paulo y por medio de un análisis etno-psicoanalítico, estudiamos cómo la pombagira permite al sujeto la elaboración de su deseo, lo que se articula como expresión de su feminidad.

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